Ontem, na cidade costeira de Kismayu, uma mulher somali foi apedrejada até a morte por ter supostamente cometido adultério. Longe de ser apenas uma variante local do linchamento, o ato nada teve de espontâneo: foi execução "oficial", conduzida pela guerrilha islâmica que controla parte do país - emulando método existente também em outras nações submetidas ao Profeta, com destaque para o Irã dos aiatolás.
Destaco o argumento teológico-legalista produzido pela irmã da acusada, aparentemente revoltada com a decisão da milícia fundamentalista: "O Islã não executa uma mulher por adultério a não ser que quatro testemunhas e o homem com quem ela fez sexo sejam apresentados publicamente". Por mais que a declaração possa ser mera estratégia, não deixa de soar aterradora a possibilidade de que a própria irmã da vítima tenha introjetado a lógica que justifica o apedrejamento, assumindo a justiça da punição e questionando apenas a culpa da parente - ou, pior ainda, recorrendo automaticamente a um tecnicismo jurídico para livrar alguém que se sabe culpado.
Enquanto isso, nossas valorosas feministas - do conforto de seus jornais e cátedras - protestam contra propaganda de empresa aérea...
Destaco o argumento teológico-legalista produzido pela irmã da acusada, aparentemente revoltada com a decisão da milícia fundamentalista: "O Islã não executa uma mulher por adultério a não ser que quatro testemunhas e o homem com quem ela fez sexo sejam apresentados publicamente". Por mais que a declaração possa ser mera estratégia, não deixa de soar aterradora a possibilidade de que a própria irmã da vítima tenha introjetado a lógica que justifica o apedrejamento, assumindo a justiça da punição e questionando apenas a culpa da parente - ou, pior ainda, recorrendo automaticamente a um tecnicismo jurídico para livrar alguém que se sabe culpado.
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