sábado, 30 de agosto de 2008

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

José Serra aumenta perseguição a fumantes paulistas.

Tão somente seguindo as ordens baixadas pela OMS, o governador de São Paulo propõe lei para proibir completamente o cigarro em qualquer ambiente coletivo. A lei segue o mesmo padrão de todas as outras leis cretinas do gênero: baseados em teorias que podem ser refutadas a qualquer minuto (isso quando não são fraudes puras e simples), burocratas de algum escritório da ONU ou da UE criam milhares de leis, regras, normas e portarias para combater terríveis quimeras que ameaçam toda a raça humana.

O único resultado possível desses empreendimentos (e o único que esses inimigos da liberdade travestidos de amigos da humanidade desejam) é conversão de sociedades livres, ordeiras e pacíficas em grandes hordas de intolerantes, grosseiros, frescos e acima de tudo submissos ao governo "científico", "racional" e "laico".

Pânico generalizado, histeria completa e discórdia ao extremo. É a nova ordem mundial, senhores.

Veja ainda em nosso blog sobre o anti-tabagismo:

Gulag tropical

Um pouco sobre a vida de Armando Valladares, escritor cubano que passou 22 anos como prisioneiro político na ilha do Dr.Castro - acusado apenas de ser "potencialmente perigoso" à Revolução. Destaco a dificuldade que a sra.Valladares teve ao tentar chamar a atenção da comunidade internacional para o drama que viveram seu marido e outros tantos prisioneiros do regime comunista; qualquer semelhança com as esfuziantes loas que ouvimos recentemente ao regime chinês não é mera coincidência...

Carol Castro e a censura

A atriz global Carol Castro é capa da edição desse mês da revista Playboy, publicação adulta mundialmente conhecida pelos seus ensaios (hoje "artísticos") de nu feminino - e, para alguns poucos, também pelas suas extensas e por vezes polêmicas entrevistas. Explicitamente voltada para o público maior de 18 anos e vendida lacrada nas bancas, a Playboy só é folheada por quem realmente se propõe a isso - e mesmo seus provocativos outdoors parecem ter sumido da paisagem urbana carioca, sugerindo talvez que também não mais existam nas ruas do restante do país. Considerando tudo isso, é difícil não qualificar como censura a recente decisão judicial que retira da revista (no caso, dos exemplares ainda a serem impressos) foto na qual Carol Castro aparece segurando um terço, com os seios à mostra e uma expressão algo compungida no rosto.

Podemos - devemos, na verdade - sempre nos questionar sobre os limites da arte, fotografia (e fotografia erótica) inclusa. Esse questionamento cabe à modelo, ao fotógrafo, ao consumidor da revista - e também a qualquer um interessado em valores como respeito ao outro e convivência civilizada. É óbvio que o tom e o potencial da foto já se anunciavam desde sempre para a modelo e para o fotógrafo, e sem dúvida cabe uma crítica de fundo a uma escolha que provavelmente considerou exatamente a celeuma que a imagem geraria - ou seja, usou-se um símbolo considerado por muitos como sagrado para vender revista, estratégia no mínimo moralmente discutível. Isso é um ponto, e talvez seja ponto pacífico - por mais que se possa justificar a cena a partir da "personagem" encarnada no ensaio, considerando também as múltiplas facetas da religiosidade popular, bem diversa do catolicismo pretendido por tantos dos nossos conservadores. O problema aqui é outro: uma modelo maior de idade consentiu em ser fotografada em uma certa pose, com um certo objeto - cuja sacralidade é reconhecida por um grupo limitado de pessoas; essa foto será exibida em revista lacrada, vendida (sim, em tese, antes que alguém levante o ponto) também apenas para maiores de idade. Nessas condições, vê a foto quem quer - internet inclusive, pois ela só surgirá na tela de algum computador caso o usuário clique em link relacionado ao caso, cabendo sempre alguma reclamação direta a site ou pessoa se o internauta desejava apenas ler sobre o imbróglio judicial e foi surpreendido pela foto, tendo ofendidas suas sensibilidades particulares. Considerando tudo isso, o resultado da decisão judicial apenas impede que responsáveis por uma revista privada veiculem foto com o consentimento de modelo e fotógrafo - e isso porque algumas pessoas (seria abuso enorme falar em "católicos" aqui, como qualquer passeio pelo Rio confirmará ao leitor) se sentiram ofendidas com o teor da imagem. Que virá depois? Para alguns poucos camponeses bolivianos, Che Guevara é santo, ente celeste merecedor de homenagens e capaz de atender pedidos complicados; censuraremos foto na qual cidadão pise em foto do carniceiro argentino? Ou adotaremos critério numérico - os católicos são maioria no Brasil, logo, não podem ser ofendidos; os fiéis de Che (que se crêem católicos, não esqueçamos) não são, e provavelmente nem tomarão contato com nossas revistas - logo podemos ofendê-los em uma delas... Quantos fiéis são necessários para estabelecer a sacralidade de algo? Inri Cristo pode ser ofendido, com foto erótica emulando o ser e suas animadas seguidoras? Ou preferiremos - como talvez queiram alguns por aí - um critério de antiguidade e respeitabilidade, com a classificação de religiões "sérias" estabelecida em sentenças judiciais?

Para fugirmos de todas essas sandices, a resposta é uma só: liberalismo. Não há sentido em sermos tolerantes com aquilo em que acreditamos, diante do que nos é caro - a própria palavra perde o seu significado original. Tolerar é exatamente suportar o que nos ofende, o que ironiza ou coloca em cheque nossos valores e crenças - e é essa uma das bases fundamentais da modernidade, ignorada por exemplo pelos islâmicos que usaram a violência contra charges supostamente ofensivas de Maomé. E entre usar da justiça e de pedras para limitar a seu gosto a liberdade de expressão alheia, a diferença é apenas de grau...

domingo, 24 de agosto de 2008

Governo chinês racionou fornecimento de água para garantir realização da Olimpíada

Reportagem do New York Times revela as ações tomadas pelo governo chinês para que não faltasse água durante a Olímpiada. Os principais atingidos foram camponeses pobres que viram suas terras secarem. Resumo da reportagem, em português, aqui.

Resumo dos Jogos da Nova Era

Estas Olimpíadas foram marcadas pela farsa e pela manipulação. Os comunistas fizeram de tudo para dar uma boa aparência à situação. Reportagem da Folha resume os esforços de propaganda e de maquiagem para causar boa impressão aos visitantes, atletas, imprensa e público mundial:
  1. A polícia foi às residências de ativistas políticos "pedí-los" para que deixassem a cidade durante os Jogos. Quem não quis deixá-la foi preso (exemplo: o ativista cristão Hua Huiqi);
  2. O governo oficialmente (cretinamente, melhor dizendo) permitiu a organização de protestos, desde que os manifestantes tivessem autorização. Dos 77 pedidos feitos, nenhum foi autorizado, evidentemente;
  3. Foi criada uma lista de 21 proibições de assuntos para a imprensa, entre os quais os protestos, problemas de segurança, emergências em competições e a censura à Internet.
Uma última nota: não é surpreendente a vitória da China no quadro de medalhas. Não é a primeira vez que uma ditadura lidera os Jogos, ainda mais sendo o país-sede. E, considerando a falta de moral e caráter do COI, chamadas por este de "espírito olímpico" e de "neutralidade" (o nosso grande Rui Barbosa chamaria de covardia), não será a última.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Os 40 anos da Primavera de Praga

Há 40 anos, a Primavera de Praga era esmagada com um banho de sangue. Foi o começo do fim do comunismo, como explica o historiador Tony Judt: "A ilusão de que era possível reformar o comunismo, de que o stalinismo tinha sido um desvio, um equívoco que ainda poderia ser corrigido, de que os ideais básicos do pluralismo democrático poderiam, de certa maneira, ainda ser compatíveis com as estruturas do coletivismo marxista - essa ilusão foi esmagada pelos tanques em 21 de agosto de 1968, e jamais pôde ser renovada. Alexander Dubcek e seu Programa de Ação não foram um princípio, mas um fim. Radicais ou reformistas jamais voltariam a recorrer ao partido para a concretização de suas aspirações ou implantação de seus projetos. O comunismo da Europa Oriental seguia aos trancos, sustentado por uma estranha aliança firmada entre empréstimos internacionais e baionetas russas: a carcaça pútrida só foi, finalmente, levada embora em 1989. Mas a alma do comunismo tinha morrido vinte anos antes: em Praga, em agosto de 1968" (Pós-guerra, Rio de Janeiro, Objetiva, 2008, p. 451).

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

1968, segundo os alemães orientais.

Texto da Deutsche Welle (em português) mostra que não é exatamente unânime a auto-imagem gloriosa, angelical e inocente que os europeus tem do "ano que não acabou de nos encher o saco", como diz o então simpatizante comunista Reinaldo Azevedo. Aqueles que na época estavam do lado leste do muro sofreram duras perseguições pelo apoio às reformas liberalizantes (seja lá o que isto signifique num país comunista) propostas pelos comunistas tchecoslovacos. Tais reformas acabaram esmagadas pelos tanques soviéticos no que ficou conhecido (e por nossos esquerdistas esquecido) como Primavera de Praga.

Presidente brasileiro sanciona lei que torna obrigatório ensino de música nas escolas brasileiras

Sindicato egípicio proíbe transplante de órgãos entre cristãos e muçulmanos

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Novas leis italianas

Cidades italianas aprovam um 'festival' de novas leis neste verão europeu.

Homeschooling posto à prova pelo Estado Brasileiro. Faz-me rir!

Deixemos um pouco de lado os Jogos Olímpicos da Nova Era e voltemos um pouco a esta terra que, embora irrelevante e perdida, ainda tem lá seus remanescentes e bravos.

Os jovens mineiros Jonatas e Davi Nunes (14 e 15 anos, respectivamente), há 2 anos e meio sendo educados em casa pelos pais, o casal Cleber e Bernadeth Nunes, iniciaram hoje e terminarão na quinta-feira uma série de provas cujo conteúdo equivale ao currículo das atuais 7ª e 8ª séries do ensino fundamental. O objetivo é avaliar se os garotos estão dentro daquilo que se espera de um aluno nesta etapa do ensino básico. O resultado sairá dia 27. Eles estão seguindo o currículo de educação clássica (trivium e quadrivium), além de aulas de inglês e hebraico.

Os pais foram condenados em primeira instância a pagar multa e rematricularem os filhos por violarem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA!) e atualmente estão recorrendo da sentença. Eles ainda sofrem processo penal por crime de abandono intelectual (!?) e se condenados podem perder a guarda dos filhos. A reportagem completa é de Cláudia Collucci, da Folha.

O mais terrível é a fala dos educadores (eles mesmos produtos da educação de massa, diga-se) ao final da reportagem. Uma dá a entender que, antes da invenção da escola pública, as crianças eram uns monstrinhos anti-sociais, uns "meninos-lobos" incapazes de qualquer interação com outras crianças e adultos e, para completar, diz que o importante é "preservar uma política pública", ou na linguagem das pessoas normais, o que importa é o estado continuar a alimentar especialistas e/ou burocratas como ela. Um outro não resiste à tentação e, como argumento para refutar o homeschooling, diz que só serve para pessoas de religiões muito específicas, "como os quakers", em óbvia alusão aos EUA, país com o maior número de estudantes nesse sistema.

O caso dos garotos Jonatas e Davi não é muito recente. Reportagem da RedeTV, agora no YouTube, já falou sobre eles. É mostrado inclusive que os garotos chegaram a passar num vestibular para um curso de Direito.

Em nome do Blog, desejamos boa sorte a Jonatas e a Davi. Esperamos que a humilhação que eles imporão ao sistema de ensino do Brasil, que ano após ano prova seu fracasso total, seja o começo de mudanças efetivas não só na educação mas principalmente na forma tirânica com que o estado trata hoje pais e filhos.

domingo, 17 de agosto de 2008

Caça às Bíblias em Pequim

Como o amigo e colaborador do blog Daniel Gurjão sugeriu há alguns posts, o governo comunista chinês parece considerar A Bíblia como livro de enorme potencial subversivo, uma arma que precisa ser apreendida antes que cause danos terríveis à estabilidade do regime. No post do Daniel, as autoridades policiais aparecem confiscando apenas um exemplar da obra religiosa, muito provavelmente privando apenas o infeliz fiel de palavras que em algum grau lhe eram caras; mas o combate a esse livro tão perigoso não esmorece, e oficiais chineses acabam de conseguir feito bem mais substantivo nessa importante empreitada: apreenderam 300 exemplares da Bíblia que estavam prestes a entrar no país, transportados por malignos missionários católicos. Fico me perguntando o quanto o povo chinês não deve a tão zelosos e eficientes funcionários, que impediram essa verdadeira invasão de páginas cristãs no país ateu...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Dize-me com quem andas

A ditadura comunista chinesa não se contenta em proibir críticas a si mesma - precisa também zelar para que regimes aliados não sejam criticados em seu território. Medalhista de Ouro nas Olimpíadas de Inverno de 2006, o americano Joey Cheek viu revogado o seu visto para assistir às Olimpíadas de Pequim; sobre os motivos da revogação, o governo chinês é elíptico como de costume - fala na necessidade de garantir condições de segurança para atletas e espectadores dos jogos. O misterioso pronunciamento oficial ao mesmo tempo evoca e esconde a verdadeira razão que impede a entrada de Joey na China: ele integra o grupo Team Darfur, formado por atletas que protestam mundo afora contra o genocídio perpetrado pelo governo sudanês - genocídio levado adiante com armas vendidas pela China, também grande compradora de petróleo do país africano.