quarta-feira, 28 de abril de 2010

Juventude Rebelde

Boa matéria da revista Veja sobre jovens cubanos que desafiam, de uma forma ou de outra, a ditadura dos irmãos Castro - e são perseguidos por isso. Os terríveis atos subversivos dessa gente reacionária incluem músicas contra o regime, mensagens antirevolucionárias em tênis e camisetas e, como já sabemos, blogs atualizados a duríssimas penas. Na reportagem, presenças dos nossos já bastante conhecidos Yoani Sánchez e Gorki Águila.

Notar no texto algo que já comentamos aqui: como a capacidade de simplesmente sobreviver - obter seu sustento material - fora da rede de empregos do Estado aumenta a liberdade dos indivíduos sob ditaduras comunistas. Com o crescimento do turismo e das oportunidades por ele geradas, alguns dos personagens apresentados pelo jornalista Duda Teixeira - como Claudia Cadelo e a própria Yoani - já vivem de empregos privados, serviços prestados clandestinamente (sem autorização oficial) a turistas - o que lhes permite escapar ao menos das chantagens que pesam sobre aqueles ainda dependentes do patrão Estado. O mesmo se percebe nos comentários sobre a Juventude Comunista cubana: o êxodo sem precedentes - segundo o artigo - deveria algo também ao fato de que as perspectivas de emprego abertas ou facilitadas pelo simples pertencimento ao órgão (e mais tarde ao Partido) já não seriam mais tão tentadoras assim - exatamente por conta das opções por vezes muito mais interessantes abertas em torno da atividade turística. É um dilema: a ditadura é cada vez mais dependente do turismo - uma força que ao mesmo tempo a enfraquece.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Homossexuais perseguidos em Uganda

Reportagem do G1 mostra a difícil rotina enfrentada pelos homossexuais em Uganda, ameaçados por um projeto de lei em discussão no Parlamento que planeja punir com prisão perpétua quem for abertamente homossexual, além de levar o movimento gay do país à condição de ilegalidade.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Sem açúcar, com afeto

Em artigo publicado no jornal Dagens Nyheter, cientistas suecos defendem a criação de um imposto sobre o açúcar naquele país escandinavo, seguindo política que já teria sido adotada em alguns de seus vizinhos. O objetivo explícito da ação seria diminuir o consumo de doces na Suécia, encarecendo produtos muito açucarados - uma guerra econômica sanitária que, segundo os próprios cientistas, replica estratégia já adotada com sucesso contra álcool e fumo ali e em outras partes do mundo.

O próximo alvo? Gordura, carne, cafeína - o que o neohigienismo dos intervencionistas de branco (bancados ou não pelas massas "democráticas") decidir elencar como novo alvo na luta cruel que travam, coitados, para nos salvar de nós mesmos...

(Na Suécia, a coisa é ainda pior por conta da virtual universalização do serviço de saúde público: sempre podem argumentar - como fazem os nossos antitabagistas - que certos hábitos alimentares favorecem determinadas doenças e encarecem o sistema público, como se o gordinho com problemas coronários não bancasse, contribuinte que é, incontáveis serviços médicos outros - dos quais talvez jamais necessite - fornecidos a concidadãos dos quais jamais ouvirá falar na vida. A solução? Totalitarismo: uma normatização de absolutamente todos os hábitos de todos os cidadãos, para que nenhuma escolha seja jamais um peso para os demais...)