quarta-feira, 7 de abril de 2010

Sem açúcar, com afeto

Em artigo publicado no jornal Dagens Nyheter, cientistas suecos defendem a criação de um imposto sobre o açúcar naquele país escandinavo, seguindo política que já teria sido adotada em alguns de seus vizinhos. O objetivo explícito da ação seria diminuir o consumo de doces na Suécia, encarecendo produtos muito açucarados - uma guerra econômica sanitária que, segundo os próprios cientistas, replica estratégia já adotada com sucesso contra álcool e fumo ali e em outras partes do mundo.

O próximo alvo? Gordura, carne, cafeína - o que o neohigienismo dos intervencionistas de branco (bancados ou não pelas massas "democráticas") decidir elencar como novo alvo na luta cruel que travam, coitados, para nos salvar de nós mesmos...

(Na Suécia, a coisa é ainda pior por conta da virtual universalização do serviço de saúde público: sempre podem argumentar - como fazem os nossos antitabagistas - que certos hábitos alimentares favorecem determinadas doenças e encarecem o sistema público, como se o gordinho com problemas coronários não bancasse, contribuinte que é, incontáveis serviços médicos outros - dos quais talvez jamais necessite - fornecidos a concidadãos dos quais jamais ouvirá falar na vida. A solução? Totalitarismo: uma normatização de absolutamente todos os hábitos de todos os cidadãos, para que nenhuma escolha seja jamais um peso para os demais...)