quarta-feira, 23 de julho de 2008

Recordar é viver: vídeo sobre os XI Jogos Olímpicos, em Berlim.

O Museu do Memorial do Holocausto dos Estados Unidos apresenta em seu site este excelente vídeo sobre as olimpíadas na Alemanha Nazista. Assim como hoje fazem os comunistas em Pequim, os nazistas usaram os jogos como um forte instrumento de propaganda para melhorar sua imagem perante o público mundial e fazê-lo esquecer as atrocidades que o regime já estava cometendo em apenas 3 anos no poder (e que aliás já era do conhecimento de muitos fora da Alemanha). E, a despeito da versão midiática corrente, eles foram muito bem sucedidos na empreitada pois, apesar das vitórias de Jesse Owens e outros atletas "não-arianos", a Alemanha foi de longe a primeira no quadro de medalhas. As palavras de Sara J. Bloomfield, diretora do Museu, referindo-se a Berlim são perfeitamente aplicáveis ao caso de Pequim: "Esta foi uma enorme perversão dos ideais olímpicos e foi uma vitória total da propaganda nazista. Isto criou a ilusão de uma nação pacífica e tolerante, e o mundo queria acreditar nessa ilusão, permitindo-se enganar completamente."

Agora, o que Pequim não tem em comum com Berlim é que o regime comunista chinês já dura quase 6 décadas, cometeu dezenas de vezes mais atrocidades do que os nazistas nos 12 anos em que estiveram no poder, está militarmente muito mais ameaçador e possui uma oposição internacional muito mais fraca, para não dizer tosca.


Não deixe de visitar o restante do site (www.ushmm.org), que possui muita documentação sobre o Holocausto e a Alemanha Nazista. Não nos esqueçamos jamais.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Boicote aos Jogos da China: parece “postura radical”, mas razões são muitas e lícitas

Um bom artigo lembrando as atrocidades do regime chinês, vindo de lugar inusitado: um portal de notícias sobre meio ambiente.

Uma parte chama a atenção: a articulista, Mônica Pinto, escreveu também sobre o motivo que levou o ex-Beatle Paul McCartney a nunca mais querer se apresentar na China: os maus tratos a animais. Atenção a isto, leitor. Esta é uma variante da atitude de protesto caricatural postada anteriormente por mim: seres protestam contra problemas periféricos, superficiais ou secundários, deixando de lado o central, o principal, o que realmente deve ser combatido. Isto pode ocorrer pelas mais diversas razões, mas geralmente é por ignorância e/ou incapacidade pessoal de ordenar fatos e valores ("Amar a Deus sobre todas as coisas", "First things first", etc).

É interessante ressaltar ainda que, segundo o artigo, Paul McCartney tomou tal decisão após assistir um vídeo que mostra chineses maltratando os bichinhos até a morte. O vídeo foi filmado pela PETA - People for the Ethical Treatment of Animals, entidade pretensamente pró-animal que comprovadamente já matou milhares de cães e gatos nos EUA.

Google censor

O Google, talvez inspirado pela sua experiência na China, removeu do Orkut comunidade pró-legalização das drogas e um de seus moderadores. Eu mesmo integrava a comunidade e lembro dela como espaço distante de apologias ao consumo de quaisquer substâncias ilícitas - havia mesmo uma nítida preocupação em evitar posts nesse sentido.

O COB faz o trabalho de Pequim



Como é que muitos protestam contra as olimpíadas em Pequim.

Não é só a esquerda-caviar, etílica, descolada, cocainômana, entre outros adjetivos de festa (ok, alguns são festivos só para a esquerda) que não se enxerga quando entra numa causa política. Que você leitor preste mais atenção a si próprio na próxima vez em que for reclamar do regime chinês...

Tudo bem, é realmente difícil não consumir algo feito na China hoje em dia, mas pelo menos deixe de consumir de empresas que patrocinam os jogos, como o McDonald's. Listas completas das tais empresas podem ser encontradas em diversos sites e comunidades do Orkut. Mas esforce-se para livrar-se das porcarias sino-comunistas ao menos!

P.S.: Livre-se de todas as outras porcarias comunistas também!

Código que autoriza vingança aterroriza cidadãos albaneses

Radovan Karadzic é preso na Sérvia

segunda-feira, 21 de julho de 2008

As olimpíadas em Pequim, segundo Ai Weiwei

Quem for assinante da Folha de São Paulo ou do UOL não deve perder a entrevista concedida por Ai Weiwei, o mais famoso artista chinês da atualidade, um dos responsáveis pelo projeto do Estádio Nacional (que ele afirma não ser um ninho de passarinho, ao contrário do que todos dizem). Seguem abaixo em itálico alguns trechos da entrevista, com destaque à sua comparação entre China e Brasil e ao papel dos intelectuais:

Estou cansado da propaganda. Todos os chineses queriam a Olimpíada, convidar o mundo a nos conhecer, falar a mesma língua, fazer a China ser aceita na comunidade internacional. Tínhamos esperança que forçasse o governo a ser mais democrático, houve promessas de mudanças. Para mim, foi uma decepção. Não foram honestos.

A Olimpíada não será uma festa para o povo. Há barreiras, política de segurança, blitz, repressão, proibição de circulação de carros, parece tempo de guerra. Não é uma festa. Acho que até reunião de ex-colegas do colegial, com gente bebendo, tem mais diversão. Nesses Jogos, o governo está ensinando até como os chineses devem sorrir. É vergonhoso, nojento. O povo chinês é mais esperto, divertido, e esse governo é tão sem humor, parece que veio de outro planeta.

A China está seguindo um modelo brasileiro, perigoso. No topo, os ricos, intocáveis, e o resto, pobre, que não tem nada. Os ricos definitivamente ficam mais ricos aqui nesse capitalismo socialista, onde existe o poder do socialismo, do partido, que leva o dinheiro a mãos privadas, a gente com boa relação com o governo. Esse é o maior crime. Os pobres não têm direito, não podem votar ou se expressar. Isso só vai criar problemas. Não sou muito otimista se teremos democracia, mas temos que lutar por ela.

Nessa sociedade, ninguém fala nada. Intelectuais, artistas, escritores nunca acham nada. Fico parecendo o louco. Acho que os intelectuais chineses são sem-vergonha, querem tirar vantagem, não usam sua suposta reflexão, sua responsabilidade de falar a verdade. Os intelectuais deveriam ser a consciência dessa sociedade, mas não são.

Não gosto da Pequim antiga, nem da moderna. A velha era da sociedade imperial, onde havia a monarquia vivendo bem nos palácios e o resto vivia como ratos, tempos sombrios. A nova é resultado da corrupção, da falta de planejamento, da feiúra. Ambas não são humanas. Precisamos de democracia. Se fosse mais feia, mais bagunçada, sem a mão pesada do governo, já seria mais confortável. Cidades precisam de variedade, aqui tem governo demais. Eles dão novo visual, mas não dão nova vida.

Ainda sobre Weiwei: seu pai, Ai Qing, é considerado o maior poeta moderno da China, e foi enviado a um Lao Gai - campo de trabalhos forçados - para limpar privadas durante a Revolução Cultura, sendo proibido de publicar por uma década.

sábado, 12 de julho de 2008

Propaganda: o cerco se fecha

Comissão da Câmara aprova a proibição absoluta de propagandas nos intervalos de programas televisivos infantis - e de qualquer propaganda que apresente crianças e não seja "de utilidade pública". A aprovação não é evento isolado: segue proposta da Anvisa para restringir a propaganda de "alimentos gordurosos" e a tentativa (também governamental) de proibir completamente propagandas de bebidas alcoólicas na televisão.

Mantida essa toada, daqui a alguns anos talvez nos aproximemos bastante de Cuba: o governo definirá em talão exatamente os alimentos que cada um receberá - no nosso caso, não por escassez, mas para evitar que nos matemos estupidamente a desfrutar das guloseimas do capitalismo...

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Cristopher Hitchens 'testa' se waterboarding é tortura ou não

O escritor britânico Cristopher Hitchens recentemente passou por uma experiência inusitada: simular uma sessão de waterboarding, polêmica técnica utilizada pela CIA e que muitos acusam de ser uma técnica de tortura. O artigo de Hitchens a respeito da experiência pode ser lido aqui. Quem quiser conferir a sessão, o vídeo da mesma está disponível aqui.