quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Cristãos são perseguidos na Índia e polícia é acusada de omissão

A Índia é conhecida pela grande espiritualidade de seu povo e pela tolerância religiosa, fruto do seu forte apego às tradições do hinduísmo e budismo. É vez ou outra apresentada por direitistas para refutar a tosca relação diretamente proporcional entre pobreza e violência criada pela esquerda, pois embora os indianos sejam em geral muito mais miseráveis que a média brasileira, eles não se matam uns aos outros como nas grandes cidades de cá, precisamente por causa da sólida formação moral trazida por estas tradições.

Entretanto, os últimos acontecimentos tem apresentado uma Índia bem diferente do que muitos ocidentais, hippies e filhos de Gandhi imaginam. Reportagem do site AsiaNews.it denúncia uma grave onda de perseguição anti-cristã na região de Orissa, litoral leste da Índia. E não se trata de movimentos gays ofendidinhos com versículos da Bíblia ou de doutores frankensteins lutando pela pesquisa em células-tronco embrionárias. É violência explícita, pura e simples.

No total, já foram 60 mortos, 18 mil feridos, 178 igrejas destruídas, 4600 casas queimadas, 13 escolas e centros sociais vandalizados e mais de 50 mil refugiados.

A autoria da violência é atribuída a grupos nacionalistas hindus e dura desde o final de agosto. As autoridades estaduais solicitaram a ajuda do governo central, que enviou forças paramilitares para conter o confronto. Porém, a violência não diminuiu e os cristãos, inclusive a Igreja Católica do país, acusam o governo de omissão.