segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Revolução Cultural não acabou: como a China quer educar infratores de trânsito

Do Portal Imprensa. O governo de Shanghai pretende resolver seus problemas de trânsito expondo os infratores à execração pública via reportagens de TV e jornais específicas para esse fim. A prática não difere em nada dos rituais de humilhação da Revolução Cultural, quando os "transviados" eram obrigados a vestir em público cartazes com dizeres do tipo "sou um porco capitalista reacionário" e depois eram devidamente linchados por estudantes semi-analfabetos enfurecidos (talvez pelo fato de não saberem ler o que estava escrito).

Típico raciocínio esquerdista, mas encontrado há mais tempo em países islâmicos: coibir qualquer desviozinho que seja pelo temor da humilhação, da chibata ou do confisco em vez de educar pelo bom exemplo, que definitivamente nenhum destes auto-nomeados governantes perpétuos da China jamais deu ou dará um dia.

É inevitável fazer um paralelo com a nossas leis de trânsito, especialmente a Lei Seca, que, também em nome da segurança e dos bons costumes, não apenas estragam o final de semana dos motoristas responsáveis e moderados como viola o direito básico que todos têm de não produzir provas contra a própria vontade, direito que de fato já não existe no Brasil e cuja inexistência a atual enxurrada de grampos ilegais revelados atesta.