Uma grande notícia para os defensores da verdadeira educação de qualidade: os jovens mineiros Jonatas e Davi Nunes foram aprovados no exame feito para avaliar se o conhecimento deles era compatível com a mediocridade do ensino brasileiro e assim poder continuar estudando fora desse chiqueiro que no Brasil alguns ainda chamam de escola. A reportagem completa, novamente de Cláudia Collucci, está no site da Folha (somente para assinantes, infelizmente).
Como nós relatamos aqui em post anterior, a Secretaria de Educação de Minas Gerais e o Ministério Público mineiro exigiram que os dois garotos fizessem este exame para saber se eles estavam a altura do lixo que o MEC obriga nossas crianças a aturar diariamente. Para a aprovação, era necessário obter uma média de 60 pontos (de um total de 100) em todas as matérias em que foram avaliados. Jonatas conseguiu obter uma média de 68 pontos e Davi, 65.
Entretanto, não foi nada fácil. Após a série de avaliações, já corria pela rede a informação de que a prova foi extremamente difícil e os conhecimentos ali avaliados eram absolutamente incompatíveis com o que alunos da mesma idade devem ter freqüentando as redes pública ou particular. Segundo a reportagem, apesar da média geral acima de 60 pontos, os garotos tiveram notas abaixo de 60 em algumas matérias em particular: Jonatas ficou abaixo em matemática (54) e história (37), e Davi em ciências (46) e educação física (58) (! para este último). A Folha entrou em contato com a equipe de 16 pedagogos que fez o exame, mas não obteve resposta. A trapaça é confirmada na reportagem pelo pai, Cleber Nunes (abaixo, em itálico):
Achei que foi uma avaliação injusta por estar muito acima do nível exigido dos estudantes brasileiros. A prova de matemática continha questões retiradas de vestibulares da UFMG, Fuvest, PUC e Enem
É, Sr. Cléber. Não espere menos desses molestadores de menores. Eles não descansarão até verem o senhor e sua mulher na cadeia e lhes arrancarem seus dois filhos para assistir os professores Carlões e ler os Mários Schmidts da vida e formar uma "consciência crítica" e "superar o egocentrismo".
Da parte do blog, os nossos parabéns a essa família pela coragem e determinação com que estão enfrentando o monstro estatal. Se com apenas dois anos e meio de homeschooling Jonatas e Davi já deram trabalho a uma equipe de nada menos que 16 pedagogos diplomados, imaginem o que poderão fazer daqui mais algum tempo.
Sugestão: leiam a entrevista da revista Enfoque com a família Nunes.