segunda-feira, 20 de abril de 2009

10 anos de Columbine: entrevista com defensor do porte de armas

Da Folha Online:

O dia de hoje marca os 10 anos do massacre na escola Columbine, Estado do Colorado, EUA, quando adolescentes armados até os dentes mataram 12 alunos e uma professora daquela escola. A Folha entrevista Larry Pratt, diretor da Gun Owners of America, associação dedicada a defender o direito de todo cidadão americano de portar armas para sua defesa. Nesta entrevista, Pratt diz obviedades, mas daquelas que jamais entram na cabeça de hippies, amantes de pombinhas brancas, filhos de Gandhi, sitting ducks* e pacifistas em geral. Vamos à algumas delas:

1) Em todos esses ataques de loucos armados, as vítimas não só não possuiam meios de defesa capazes de fazer frente às agressões como também estavam proibidas por lei de possuí-los.

2) Criminosos, por definição, não cumprem ou não se deixam intimidar por proibições escritas em leis. Portanto, a proibição do porte de armas de fogo é perfeitamente inócua para eles, mas afeta profundamente os cidadãos honestos cumpridores das leis.

3) A maioria esmagadora das armas de fogo utilizadas por criminosos são obtidas por meios ilegais (armas roubadas, contrabandeadas, vendidas clandestinamente etc), precisamente aquelas que o cidadão honesto jamais compraria.

4) Mesmo sem acesso a armas de fogo, os criminosos não deixarão de cometer crimes (leiam nosso post a respeito do aumento de crimes com armas brancas no Reino Unido).

5) A busca dos meios apropriados de defender-se e defender seus semelhantes é um direito fundamental não só porque nenhuma autoridade de segurança pública é onipresente, mas principalmente porque a autoridade vigente pode se tornar ela mesma a grande ameaça à segurança pública (vide URSS, Alemanha Nazi, Cuba, China, Coréia do Norte, etc)**.

*Sitting duck, ou literalmente "pato sentado", é uma expressão anglo-americana para designar pessoas completamente indefesas e à mercê de agressores.

**Esta é uma passagem importantíssima da entrevista: Larry Pratt menciona os assassinatos cometidos por governos contra sua própria população, que no século XX vitimou um número de indivíduos (262 milhões) quase equivalente à população atual dos Estados Unidos, fenômeno que é estudado pelo Prof. R. J. Rummel da Universidade do Havaí, que o chama não de genocídio, mas de democídio. Os resultados dos seus estudos podem ser conhecidos em seu site "Freedom, Democide, War". Visita obrigatória.